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sábado, 24 de novembro de 2012

"Fluvius Mondae"

Falo-te enquanto te miro, maior pérola da região Centro de Portugal.
 

Desde o teu nascimento, da Serra da Estrela até à Figueira da “tua” Foz e passando pela inigualável cidade de Coimbra: é este o teu curso e percurso. Abasteceste populações durante séculos, que se estabeleceram pela tua dádiva. Teu nome traz lenda, presença e magia a toda uma cidade, a toda uma região e a todo um país.

Miro-te. Incidem sobre ti os reflexos das luzes e, na água, a projecção do maior símbolo da minha e tua cidade: a torre da “Cabra”. As tuas águas passam sem destino. Limitam-se a seguir o seu curso e a ir em frente, sabem lá para onde. Não tens objectivo, não pensas, não sentes. Mas despertas em mim e em todos os conimbricenses pensamentos e sentimentos únicos. Consegues fazê-lo sem ter conhecimento, sendo simplesmente tu mesmo. Invejo-te.

És um dos meus maiores orgulhos. Marcas a cidade assim como as pessoas que banhas e que em ti se banham, seja num simples e refrescante mergulho ou numa inevitável consequência “universitária”.
 
Contigo vivi, vivo e viverei o amor, tal como os tão desgraçados Pedro e Inês, imortalizados na ponte que sobre o teu eixo seu amor eterno reencontram. O amor é desgraçado, mas ao mesmo tempo a coisa mais bonita e singela do universo. Contigo sorri e contigo chorei, Mondego.

Vá para onde for, irás fazer-me companhia. Nas memórias, para onde quer que eu vá, vou recordando tais e todas tão formosas peripécias. Tenho e terei toda a coragem de dizer seja onde for seja a quem for que sou de Coimbra, que nasci e cresci em Coimbra e de mãos dadas o Mondego, com todo o orgulho. Porque ser de Coimbra é ser diferente. É ser maior e melhor. É ser único