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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Surpresa

Os melhores momentos são os inesperados, onde, ausentes de expectativa positiva, nenhum dos intervenientes aguarda que algo aconteça. Os teus lábios, aquela chuva, aquele mar, aquele entrelaçar de mãos e aqueles grãos de areia gravados na nossa roupa foram as testemunhas da suprema felicidade, inquestionável como as provas de um «crime» perfeito que não colocava em sossego o meu coração. Tudo isso era tão teu e tão nosso.
Sim: foi fugaz e foi breve. Curto mas belo, como a própria vida. Porém, garanto-te que saboreei cada beijo, cada abraço teus como se fossem as últimas coisas a levar comigo do Universo.

Trarei este dia no meu coração, junto a todas as outras memórias tuas...

msc, doisdooitodedoismilequatorze

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Resignação

Resigno-me.
De uma Vida nada vivida,
de uma busca incessante
por uma inalcançável felicidade
e de onde a lucidez
é madrasta, de hora a hora.

Resigno-me.
Do Mundo que atraiçoa,
das pessoas que magoam
e traem, sem cessar.

Resigno-me.
De uma utopia,
de uma mentira,
"o verdadeiro amor"
que dizem existir...

Resigno-me,
e aqui me resignarei.
Sairei só, de mãos dadas
com o vento.

Resigno-me
Desisto sem começar.
Porque ainda sou tão jovem!
E já tão triste...

E já tão só.

domingo, 9 de junho de 2013

Amor para um Jovem

Sei que me julgas. És humano. É a nossa natureza fazê-lo, evitas negar, fazes-lo. Para já antecipo o final e sei que pensarás e dirás mil e uma coisas para me denegrir, criticar. Dirás, entre elas, o facto de eu ser todavia apenas um rapaz de 19 anos. Julgarás que sou jovem demais para saber o que é o Amor no seu todo. Dirás que não sei do que falo.
Sem olhar a mais concordaria contigo. Mas te responderia que sei o que é esse sentimento. Sei a sua génese, e toda a sua actuação. Compreendo-o, não na sua totalidade, mas sei identificá-lo onde e em quem quer que ele esteja presente.
Mas porque falarás se também tu não sabes? Eu sei que questionas-te constantemente sobre o básico: "mas... o que é isso? Qual é o seu real propósito? Porque raio foi existir?"

Numa primeira fase digo-te que não sobreviveríamos sem obtermos o primeiro tipo de carinho da vida de um ser-humano: o Amor materno ou inclusivamente o Amor familiar (que posteriormente receberíamos ao crescer). Acredita: não seríamos o mesmo jovem se não vivêssemos o primeiro beijo juntamente com a primeira "paixão". O Amor é isso mesmo, Amor. É um invariável misto de sentimentos de entrega, compreensão e afecto. Para quem ama de verdade não tenhas a mínima dúvida de que é algo sério, importante e por vezes doentio.
Perguntar-me-ás, naturalmente, porque razão então se menciona tantas vezes o Amor 'cruel' que magoa e mata. Eu eu responder-te-ei que esse tipo de sentimento será tudo, menos Amor.
Afirmarás um dia, (se já não o fizeste) que o amor é injusto. Pois bem, se ele te é ingrato talvez seja porque tu erraste... pois escolheste confiar o teu coração à pessoa errada ou, porventura, não estiveste certo do que sentias. Nunca o mistures com nenhum outro sentimento, pois ele fará questão de aplicar-te as consequências, graves por sinal.
Pois meu caro, se te encontras na dúvida sobre a falta justiça do Universo tenho a dizer-te que não és o único, e também aqui o Amor tem de fazer a sua mea culpa: eu próprio questiono a toda a hora e momento as coisas que acontecem no dia-a-dia. Numa grande porção delas faz transparecer isso mesmo, de que tudo não faz o menor sentido. Mas ... porquê?
Meu querido, o Amor é assim. Não dá para compreender, é um sentimento. Os sentimentos sentem-se, e ao quereres transformá-lo em algo intelectualmente compreensível só estarás a corrompê-lo e a retirar de si a simplicidade que o caracteriza, que o faz tão único e tão diferente de todos os outros.
Seria sincero da minha parte contar-te que já sofri mas também já magoei. Sim, apesar de sofrer mais que magoar também eu já amei e já fui amado. Nunca te podes deixar ficar refém do Amor pois ele não te perdoará!
Sou jovem e tu também. Ânimo! Ambos temos um caminho para trilhar, um caminho onde nos acompanhará uma pessoa que temos para conhecer algures nesse Mundo, pessoa essa que nos fará sentir felizes e acarinhados para o resto dos nossos dias. É tudo uma questão de crença e, para mim, isso é a última coisa que pode morrer em alguém.

Recorda tudo o que eu te disse e encara o futuro. Mas tens um presente para viver, vive-o! E não tentes compreender o Amor, limita-te a senti-lo. Porque o Amor é isso mesmo. Amor, apenas.

sábado, 24 de novembro de 2012

"Fluvius Mondae"

Falo-te enquanto te miro, maior pérola da região Centro de Portugal.
 

Desde o teu nascimento, da Serra da Estrela até à Figueira da “tua” Foz e passando pela inigualável cidade de Coimbra: é este o teu curso e percurso. Abasteceste populações durante séculos, que se estabeleceram pela tua dádiva. Teu nome traz lenda, presença e magia a toda uma cidade, a toda uma região e a todo um país.

Miro-te. Incidem sobre ti os reflexos das luzes e, na água, a projecção do maior símbolo da minha e tua cidade: a torre da “Cabra”. As tuas águas passam sem destino. Limitam-se a seguir o seu curso e a ir em frente, sabem lá para onde. Não tens objectivo, não pensas, não sentes. Mas despertas em mim e em todos os conimbricenses pensamentos e sentimentos únicos. Consegues fazê-lo sem ter conhecimento, sendo simplesmente tu mesmo. Invejo-te.

És um dos meus maiores orgulhos. Marcas a cidade assim como as pessoas que banhas e que em ti se banham, seja num simples e refrescante mergulho ou numa inevitável consequência “universitária”.
 
Contigo vivi, vivo e viverei o amor, tal como os tão desgraçados Pedro e Inês, imortalizados na ponte que sobre o teu eixo seu amor eterno reencontram. O amor é desgraçado, mas ao mesmo tempo a coisa mais bonita e singela do universo. Contigo sorri e contigo chorei, Mondego.

Vá para onde for, irás fazer-me companhia. Nas memórias, para onde quer que eu vá, vou recordando tais e todas tão formosas peripécias. Tenho e terei toda a coragem de dizer seja onde for seja a quem for que sou de Coimbra, que nasci e cresci em Coimbra e de mãos dadas o Mondego, com todo o orgulho. Porque ser de Coimbra é ser diferente. É ser maior e melhor. É ser único