Parei. O bilhete já o tenho no bolso, a estação está praticamente vazia apenas se escutando o murmurar do vento e das folhas que ele consigo levava. De súbito, ouve-se:
- "O comboio Intercidades com destino a Coimbra chegará dentro de segundos"
Lentamente, ergui-me do banco onde me sentara. Chegou a hora de despedir-me, de agradecer toda a hospitalidade que aqueles fantásticos seres tiveram para comigo. Proporcionaram-me 4 dos melhores dias da minha vida, mesmo, no fundo, não tendo sido nada de relevante para elas.
O comboio parou, desloquei-me até à porta... Respirei bem fundo e subi os degraus daquele comboio.
Voltei-me e mirei pela última vez aquela paisagem. Fantástica, verdade? É. E eu sabia que iria ter saudades de estar novamente naquele local.
Despedi-me pela última vez, acenei e o comboio andou. Ali ficara um pouco de mim...
Acomodei-me e por segundos observei a paisagem. Tive tempo suficiente para pensar e escrever aquilo que me ia na alma. E assim o fiz, para mais tarde enviar:
" Cá estou eu de volta à terrinha são e salvo e já com saudades tuas.
Gostei bastante destes 4 dias, todas as pessoas foram fantásticas.
No próximo Verão espero que arranjes uns dias do teu "ocupadérrimo" calendário
para outro bocadinho comigo. Um obrigado a ti à Luisa e à dona Paula por
tudo, gostei mesmo!
Adoro-te, tu sabes... "
Neste momento espero regressar e matar todas as saudades que, de resto, já sinto novamente...
Este é o meu recanto. Aqui exponho as minhas produções escritas, os meus pensamentos, pontos de vista e relatórios sobre os mais variados temas, indo desde a Literatura ao Amor passando pelo Mundo na sua generalidade. São estes os reflexos simples de um jovem estudante de Letras.
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segunda-feira, 25 de março de 2013
sábado, 24 de novembro de 2012
"Fluvius Mondae"
Falo-te enquanto te miro, maior pérola
da região Centro de Portugal.
Desde o teu nascimento, da Serra da Estrela até à Figueira da “tua” Foz e
passando pela inigualável cidade de Coimbra: é este o teu curso e percurso. Abasteceste populações durante séculos, que se estabeleceram pela tua
dádiva. Teu nome traz lenda, presença e magia a toda uma cidade, a toda uma região e a todo um país.
Miro-te. Incidem sobre ti os reflexos das luzes e, na água, a
projecção do maior símbolo da minha e tua cidade: a torre da “Cabra”. As tuas águas passam sem destino. Limitam-se a
seguir o seu curso e a ir em frente, sabem lá para onde. Não tens objectivo, não pensas, não
sentes. Mas despertas em mim e em todos os conimbricenses pensamentos e
sentimentos únicos. Consegues fazê-lo sem ter conhecimento, sendo simplesmente tu mesmo. Invejo-te.
És um dos meus maiores orgulhos.
Marcas a cidade assim como as pessoas que banhas e que em ti se banham, seja num simples
e refrescante mergulho ou numa inevitável consequência “universitária”.
Contigo vivi, vivo e viverei o amor, tal como os tão desgraçados Pedro e
Inês, imortalizados na ponte que sobre o teu eixo seu amor eterno reencontram. O amor é
desgraçado, mas ao mesmo tempo a coisa mais bonita e singela do universo. Contigo
sorri e contigo chorei, Mondego.
Vá para onde for, irás fazer-me
companhia. Nas memórias, para onde quer que eu vá, vou recordando tais e todas tão
formosas peripécias. Tenho e terei toda a coragem de dizer seja onde for seja
a quem for que sou de Coimbra, que nasci e cresci em Coimbra e de mãos dadas o
Mondego, com todo o orgulho. Porque
ser de Coimbra é ser diferente. É ser maior e melhor. É ser único.
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