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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sentimento

Permitam-me continuar.
Quero ouvir a melodia,
fugir à melancolia,
sentir cada ventania
e ver o sol com as nuvens a esbracejar.

Fecho os olhos.
Mas... está escuro,
e o tempo está frio.
Tudo está vazio.
Tudo é vazio.

Nuvens em Agosto...
Que chova, que chova tudo -
lavem-me a alma
e mudem-me de Mundo.

Sentir os sentidos; o sentimento...
tão pequeno mas tão grande.
Lágrimas; destino; sangue.
Para quê tanto sofrimento? 
 
Empobreçam-me,
roubem-me,
tirem-me tudo. 
Menos o que é puro:
o sentimento.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Resignação

Resigno-me.
De uma Vida nada vivida,
de uma busca incessante
por uma inalcançável felicidade
e de onde a lucidez
é madrasta, de hora a hora.

Resigno-me.
Do Mundo que atraiçoa,
das pessoas que magoam
e traem, sem cessar.

Resigno-me.
De uma utopia,
de uma mentira,
"o verdadeiro amor"
que dizem existir...

Resigno-me,
e aqui me resignarei.
Sairei só, de mãos dadas
com o vento.

Resigno-me
Desisto sem começar.
Porque ainda sou tão jovem!
E já tão triste...

E já tão só.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Nas tuas mãos

Inspira-te; escreve; imprime; exprime
Tens todo o poder,
Pertence-te.
Mas exercita-o: o teu dom.

Encontra-se na ponta da caneta,
e na tinta, que dela sai...
Mas está-te no intelecto.
As tuas mãos seguram o Mundo,
E os teus dedos mudam-no.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Poema - "Pedra da Calçada"

Como primeiro post da minha nova página de produções escritas, deixo-vos com o primeiro poema de sempre que redigi e com o qual concorri recentemente à iniciativa 15_25 para a a categoria de poesia dinamizada pela revista "Ler". Desde já obrigado por verem e espero que gostem!



 A noite cai leve e breve. 
Com ela vem a melancolia,


 E apodera-se o silêncio.
 Contemplo-te, fascinado.

A ti, solitária pedra desta calçada.
 Foste nada e tudo.
 Foste tudo e nada.
 Quão ingrato não é o mundo?
 
Quantos embriagados em ti tropeçaram? 
 Quantos casais por ti alegremente caminharam?

 Quantos revoltosos sobre ti se manifestaram,
 E quantos absortos te ignoraram?

 Estás sozinha, impotente, enrugada,
 De um tempo que não te fez nada.
 Continuas triste e desapoiada,
 À espera da Revolução. Ela tarda...

 Oh! Como te invejo... Tu viveste
 A história, testemunhaste a farsa!
 É este o teu Fado: 
Seres outra pedra desta praça.