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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ultimato ao Homem

Vivo na Terra. Mundo hipócrita, em que se exigem atitudes intrínsecas à humanidade que eu e todos os meus conterrâneos partilhamos. Sim sou humano. Mas... lá nada vês senão julgamentos, precipitações, pré-juízos. A toda a hora acontece, garanto. Vivo num lugar onde os seus habitantes destroem cada vez mais aquilo que lhes dá vida e matam os seus progenitores. Raiva e nojo imperam. Naquele lugar e em mim, logicamente por divergentes motivos.
Se isso não bastasse, em boa verdade todos julgam viver num "paraíso", lugar único e singular em todo o Universo. Lá todos são completos e dotados da maior e inimaginária perfeição. Deixo um resumo:

"Quem sou eu?
BRANCO! - diz o negro:
ATEU! - afirma o padre;
XENÓFOBO - aponta o judeu"

Não há consenso nesse planeta, em que todos deveriam ser aceites diferentes e na realidade todos pretendem ser iguais. A causa disto? Eu respondo: Dinheiro/Riquezas.
Esses são os bens mais valiosos do meu Planeta. Todo o tipo de afectos, sentimentos e bom senso que deveriam imperar na nossa raça são 'atropelados' quando confrontados com ele.
Sublinho que a minha espécie tem o dom da inteligência mas, pelo que concluo, não a usa para o que ela é suposto ser utilizada.

Porque estou a criticar se faço parte deste sistema? Porque apesar de apoiar a raça que me acolhe sei constatar os seus defeitos e critico-a com a finalidade de adoptar uma causa, um ideal totalmente diferente e que deveria existir no meu Planeta. Ele precisa da mudança.
De facto sou um simples jovem, aparentemente igual a biliões similares a mim. Aparentemente. Sou diferente em não pretender ver cada Humano e cada alma para seu lado, privados de tudo e todos. Sou o ser-humano que pede para que todos naquele meu planeta acordem, uma vez que nada nem ninguém no Universo é imaculado e vós, sejais a entidade que forem, o sabem: todos os amigos, todos os familiares e todos os homens e mulheres neste espaço... todos erram. E exigir por não errar é fazer um pedido d'uma utópica sobre-humanidade, inalcançável e irrealizável no meu Mundo e quiçá em todo o Universo.
Desejava que a minha raça acabasse com todo esse tipo de 'baixezas' que tem feito desde os seus primórdios. Anseio que ela acorde desse tão profundo limbo, de onde não parece despertar, caminhando a passos largos para a autodestruição. Sonho com o fim do ódio, de guerras e da inveja que a cada situação e no dia a dia envenena aquele tão belo planeta. Quero que vivam, quero que cultivem o bem estar de toda a minha civilização e que promovam o direito (e dever) a usufruir da dádiva que todos naquele local possuem: a Vida.

"Tudo o que não nos une apenas nos separa"
                                                                                                                             08/13

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Resignação

Resigno-me.
De uma Vida nada vivida,
de uma busca incessante
por uma inalcançável felicidade
e de onde a lucidez
é madrasta, de hora a hora.

Resigno-me.
Do Mundo que atraiçoa,
das pessoas que magoam
e traem, sem cessar.

Resigno-me.
De uma utopia,
de uma mentira,
"o verdadeiro amor"
que dizem existir...

Resigno-me,
e aqui me resignarei.
Sairei só, de mãos dadas
com o vento.

Resigno-me
Desisto sem começar.
Porque ainda sou tão jovem!
E já tão triste...

E já tão só.

domingo, 9 de junho de 2013

Amor para um Jovem

Sei que me julgas. És humano. É a nossa natureza fazê-lo, evitas negar, fazes-lo. Para já antecipo o final e sei que pensarás e dirás mil e uma coisas para me denegrir, criticar. Dirás, entre elas, o facto de eu ser todavia apenas um rapaz de 19 anos. Julgarás que sou jovem demais para saber o que é o Amor no seu todo. Dirás que não sei do que falo.
Sem olhar a mais concordaria contigo. Mas te responderia que sei o que é esse sentimento. Sei a sua génese, e toda a sua actuação. Compreendo-o, não na sua totalidade, mas sei identificá-lo onde e em quem quer que ele esteja presente.
Mas porque falarás se também tu não sabes? Eu sei que questionas-te constantemente sobre o básico: "mas... o que é isso? Qual é o seu real propósito? Porque raio foi existir?"

Numa primeira fase digo-te que não sobreviveríamos sem obtermos o primeiro tipo de carinho da vida de um ser-humano: o Amor materno ou inclusivamente o Amor familiar (que posteriormente receberíamos ao crescer). Acredita: não seríamos o mesmo jovem se não vivêssemos o primeiro beijo juntamente com a primeira "paixão". O Amor é isso mesmo, Amor. É um invariável misto de sentimentos de entrega, compreensão e afecto. Para quem ama de verdade não tenhas a mínima dúvida de que é algo sério, importante e por vezes doentio.
Perguntar-me-ás, naturalmente, porque razão então se menciona tantas vezes o Amor 'cruel' que magoa e mata. Eu eu responder-te-ei que esse tipo de sentimento será tudo, menos Amor.
Afirmarás um dia, (se já não o fizeste) que o amor é injusto. Pois bem, se ele te é ingrato talvez seja porque tu erraste... pois escolheste confiar o teu coração à pessoa errada ou, porventura, não estiveste certo do que sentias. Nunca o mistures com nenhum outro sentimento, pois ele fará questão de aplicar-te as consequências, graves por sinal.
Pois meu caro, se te encontras na dúvida sobre a falta justiça do Universo tenho a dizer-te que não és o único, e também aqui o Amor tem de fazer a sua mea culpa: eu próprio questiono a toda a hora e momento as coisas que acontecem no dia-a-dia. Numa grande porção delas faz transparecer isso mesmo, de que tudo não faz o menor sentido. Mas ... porquê?
Meu querido, o Amor é assim. Não dá para compreender, é um sentimento. Os sentimentos sentem-se, e ao quereres transformá-lo em algo intelectualmente compreensível só estarás a corrompê-lo e a retirar de si a simplicidade que o caracteriza, que o faz tão único e tão diferente de todos os outros.
Seria sincero da minha parte contar-te que já sofri mas também já magoei. Sim, apesar de sofrer mais que magoar também eu já amei e já fui amado. Nunca te podes deixar ficar refém do Amor pois ele não te perdoará!
Sou jovem e tu também. Ânimo! Ambos temos um caminho para trilhar, um caminho onde nos acompanhará uma pessoa que temos para conhecer algures nesse Mundo, pessoa essa que nos fará sentir felizes e acarinhados para o resto dos nossos dias. É tudo uma questão de crença e, para mim, isso é a última coisa que pode morrer em alguém.

Recorda tudo o que eu te disse e encara o futuro. Mas tens um presente para viver, vive-o! E não tentes compreender o Amor, limita-te a senti-lo. Porque o Amor é isso mesmo. Amor, apenas.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Discurso/Opinião - Império Cultural Português

(Dirijo-me e congratulo a plateia)

O povo Português, o nosso povo.
Somos famosos por valores de humildade, respeito, solidariedade e recepção. Fazemo-lo por instinto, fazemo-lo por experiências enquanto colectivo, característicos de um povo virado desde as suas raízes para a emigração. Estas características já fazem parte do nosso 'ADN' enquanto grupo. Contudo, tudo isto vê-se ameaçado por um único fenómeno prejudicial: o excessivo individualismo.
O ideais de colectividade e afectividade dos Portugueses é, por um lado, algo importante e característico. Por oposição, o Mundo caminha e adopta um diferente sentido, liderados pelos poderosos países do Ocidente. A título exemplificativo refira-se o desastroso episódio ocorrido na central nuclear de Fukoshima, no Japão, onde o povo Japonês agiu e se debateu colectivamente e de uma forma ordeira, em prol do colectivo.
Questiono-me: seriam os países Ocidentais e ditos "avançados" (incluindo Portugal) capazes de reagir de igual forma perante as mesmas circunstâncias adversas? Não, garantidamente.
Os ideais liberalistas, na sua generalidade e ao longo das décadas em que vem proliferando, têm-se manifestado positivos em diversas perspectivas, tais como Socialmente ou Politicamente. Porém, recentemente, esta tese tem sido posta em causa devido às graves circunstâncias económicas mundiais. Posso afirmar que o Liberalismo está a sofrer a outra "face da moeda", a face negativa deste ideal político.
Portugal não é excepção e arrisca-se a perder grande parte da sua identidade tradicional, aquilo a que denomino de "soberania cultural" para o Liberalismo e ideais individualistas e daqueles que olham apenas para o seu umbigo, cópias químicas das gigantes sociedades capitalistas.
Em suma, concluo e afirmo que o individualismo está a corromper a tradição e bons costumes caracterizadores do Povo Português, que se vêem substituídos por ideais de atropelo da sociedade Portuguesa que já existiu e da qual ainda existem vestígios em prol de uma supremacia individual. Será este um 'mal necessário'?

(agradeço e retiro-me)